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Slack, Teams e Google deixam encarregado ler suas DMs em alguns casos; eis o que você precisa saber – Aplicativos e Software – Tecnoblog - Divulgando Buscadores noticias e artigos

Slack, Teams e Google deixam encarregado ler suas DMs em alguns casos; eis o que você precisa saber – Aplicativos e Software – Tecnoblog




Sejamos honestos: todo mundo já fez um glosa com um colega sobre outro funcionário, um dirigente ou a própria empresa. Se foi pelo Slack, pelo Teams ou por qualquer outro app corporativo, bate sempre aquela paranoia: “será que meu encarregado pode ler isso?”. A questão fica ainda pior quando há demissões ou mudanças repentinas feitas pela gestão. “Será que foi alguma coisa que eu falei?”

Mas isso é mesmo provável? Administradores conseguem saber o que os empregados escrevem nas mensagens privadas? Enfim de contas, a plataforma é contratada pela empresa para fins de trabalho.

No caso do Slack, a resposta é: depende do projecto contratado, da lei e das justificativas.

O app não tem um aproximação direto ou momentâneo. Para ler, é preciso exportar o teor do servidor e encolher um registo zipado com tudo. Ele pode ou não incluir canais privados e mensagens diretas, dependendo do projecto contratado e de outros critérios.

Para o projecto gratuito e para o Pro (que ofídio US$ 4 mensais por usuário ativo), é necessário solicitar ao Slack a exportação de mensagens de canais privados e mensagens diretas. A companhia diz negar todos os pedidos, exceto os que apresentam:

(a) um processo jurídico válido, (b) o consentimento dos membros, ou (c) a obrigação ou o recta de exportar dados de concordância com as leis em vigor.

No Business+ (US$ 7,50 mensais por usuário ativo) e no Enterprise Grid (vendas diretamente com o Slack), a exportação inclui os dados de canais privados e de mensagens diretas. O Slack não faz exigências, mas diz que os proprietários dos workspaces devem prometer que

(a) os acordos de ofício e políticas corporativas adequados foram implementados e (b) todo o uso das exportações de negócios é permitido pela lei aplicável.

Ou seja: nos dois planos mais baratos, a empresa precisa apresentar justificativa; nos dois mais caros, não, mas deve prometer que o aproximação seja legítimo e siga os acordos e políticas.

Slack
Slack (Imagem: Stephen Phillips/Unsplash)

A Mozilla, em um blog post, lembra que apps de terceiros para Slack, porquê o Hanzo, também dão esse entrada, mas exclusivamente para clientes do Enterprise Grid.

“Bacana, mas porquê é que eu descubro qual o projecto da minha empresa?”, você deve estar se perguntando.

Dá para perguntar para aquele seu colega do TI quando vocês se encontrarem no galeria, óbvio. Mas se você quiser ser mais humilde e não levantar suspeitas, entre em “[suaempresa].slack.com/account/workspace-settings#retention”. Esta página mostra o que é permitido aos administradores.

Além do Slack, o que outros apps permitem?

O Slack é bastante famoso e utilizado nas empresas, mas não é o único software corporativo. E aí, porquê ficam os outros?

No Teams, a Microsoft pode usar uma instrumento chamada Core eDiscovery para acessar mensagens privadas. E-discovery, de modo universal, é o nome oferecido à coleta de dados ou informações eletrônicas porquê evidências. Isso pode ser feito em conjunto com as equipes jurídicas e administrativas das companhias.

E isso não vale só para o Teams: também é provável acessar dados do Skype, e-mails do Outlook e recursos do Microsoft 365 em situações deste tipo.

Na página da ajuda da instrumento, é provável ver o que pode ser encontrado em uma procura desse tipo. No caso das mensagens de chat, a empresa diz que isso inclui teor de “canais do Teams, conversas 1:1, em grupos 1:N e com convidados”.

Assim porquê ocorre no Slack, não é um entrada em tempo real: é preciso fabricar um caso na página de compliance da Microsoft e fazer uma série de procedimentos técnicos para conseguir os arquivos. Não é provável exportar as conversas de um único meio privado, somente de todos de uma vez.

As conversas aparecem assim no eDiscovery do Teams
As conversas aparecem assim no eDiscovery do Teams (Imagem: Reprodução/Microsoft)

O Google não é muito dissemelhante: se sua empresa usa o Workspace, a gigante das buscas lembra, em sua página de ajuda, que o gestor tem entrada a quaisquer dados armazenados na sua conta. A instrumento do Google para casos assim é o Google Vault.

A página de ajuda dá mais detalhes:

Se você acessa os produtos do Google com um endereço de e-mail oferecido por um gestor, seu contrato ou relação jurídica com esse gestor poderá afetar:

– o proprietário dos dados ou do teor que você enviar ou fizer upload usando sua conta;

– as condições nas quais você pode acessar a conta ou quando a conta pode ser desativada;

– quem pode acessar ou excluir os dados da sua conta.

Não se esqueça do Zoom. Por mais que não seja uma plataforma especificamente corporativa e sim de videochamadas, muitas companhias passaram a usar o software para reuniões online durante a pandemia.

A empresa diz que ninguém pode entrar em uma chamada sem ser visto pelos outros participantes. Mesmo assim, com privilégios de gestor, é provável acessar chamadas gravadas na nuvem, incluindo os chats. Pense muito antes de fazer aquela piadinha com o sobrenome do gerente da sua extensão.

Antes de convocar o recta à privacidade na internet para justificar aquele glosa sobre o terno do seu patrão, saiba que não é muito assim.

O Tecnoblog conversou com Adriano Mendes, legisperito perito em recta do dedo. Ele explica que a Lei Universal de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) não impede monitoramentos desse tipo, já que respeita contratos, interesses gerais e consentimento.

“Uma instrumento corporativa, seja e-mail ou Slack, é contratada pela empresa para ser usada em prol da empresa”, diz Mendes. “Não se espera que exista uma privacidade.”

Profissionais em escritório (Imagem: Ant Rozetsky/Unsplash)
Profissionais em escritório (Imagem: Ant Rozetsky/Unsplash)

O jurisperito comenta que o entendimento da Justiça atualmente é que as empresas podem monitorar condutas online, desde que haja aviso prévio. Apesar de plataformas porquê o Slack serem relativamente recentes, a questão há muito mais tempo por culpa dos e-mails corporativos. Dependendo do que for dito, a consequência pode ser uma deposição por justa motivo.

A fiscalização das companhias é um dos motivos para isso ser permitido. Porquê elas precisam prestar contas sobre suas atividades, pode ser necessário verificar o que os funcionários falaram.

Isso não quer manifestar que a chefia pode tudo em relação às mensagens dos empregados. “Dirigentes e empresa não podem se aproveitar disso para assediar, fazer bullying, monitorar um colaborador específico para prejudicá-lo por questões de relacionamento, condições de saúde e orientação sexual, entre outras”, comenta Mendes.

Porquê evitar problemas dos dois lados?

Ok. Você leu até cá e mesmo assim não conseguiu se segurar. Você tem que comentar sobre a escolha ridícula de cores da apresentação dos planos da firma para 2022. O que fazer?

Mendes faz uma conformidade para explicar por que usar plataformas corporativas para esses assuntos é um erro. “Você não pode pegar o carruagem da empresa para ir à praia no término de semana, logo você não deve usar o Slack da empresa para conversas pessoais.”

Mesmo assim, não é porque a empresa pode acessar essas mensagens que ela deve fazer. Marina Tremura, perito em recursos humanos, pontua que acessos desse tipo precisam ser justificados, e as regras devem estar claras.

Escritório (Imagem: louisehoffmann83/Pixabay)
Escritório (Imagem: louisehoffmann83/Pixabay)

Tremura diz que uma cultura de vigilância pode gerar impactos negativos para a empresa, com repercussões até mesmo nos negócios. “A curiosidade não vai gerar zero de positivo para a empresa, só suspeição e instabilidade, e isso não vai ser bom para o business.”

Ela não acredita que comentários negativos no Slack são um problema. “É originário as pessoas desabafarem. Não significa que o que elas pensam está riscado em pedra.” Outro ponto é que as opiniões podem não afetar o desempenho e a entrega no trabalho — eximir um bom funcionário só por um glosa malvado em privado seria prejudicial para a própria organização.

“Eu não gostaria de trabalhar em uma empresa em que eu não posso falar mal do patrão. Eu não quero trabalhar em uma empresa em que eu posso usar as ferramentas corporativas de modo ilícito, o que é outra coisa. Mas eu não gostaria de me sentir vigiada”, conclui Tremura.

Em tom de risota, Mendes discorda. “É melhor deixar esta conversa para um moca ou para o WhatsApp. A não ser que você trabalhe no Facebook, aí é só no moca mesmo.”


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