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ESG ou Sustentabilidade Empresarial? - Quotidiano do Negócio - Divulgando Buscadores noticias e artigos
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ESG ou Sustentabilidade Empresarial? – Quotidiano do Negócio


Marcus Nakagawa*

Não sei se é a minha bolha nas redes sociais, mas muitos dos meus contatos estão postando e escrevendo sobre levante tal de ESG. Muitas empresas estão indo detrás deste termo e meus alunos e alunas começam a se confundir com as várias siglas e conceitos. Será que isso tem a ver com a sustentabilidade? É um outro tema que conversa com o Desenvolvimento Sustentável? Já temos que ir detrás de um outro curso ou indicador?

Bom, primeiro vamos explicar que ESG é a sigla para Environmental, Social & Governance, o que traduzido daria ASG: Ambiental, Social e Governança. Interessante que, se você coloca nascente termo nos buscadores resulta em um monte de empresas da dimensão financeira, fundos e bancos colocando a influência das questões ambientais e sociais porquê riscos aos negócios. Nascente termo apareceu na publicação “Who Cares Wins”, de 2004, do Pacto Global da ONU junto com o Banco Mundial.

No último Fórum Econômico Mundial, no início do ano, as questões ambientais e a emergência climática eram os principais tópicos de riscos apresentados a longo prazo. E, logo depois, aconteceu a pandemia, que subtraiu valores da maior secção das empresas e governos devido à falta de desvelo com a gestão dos animais silvestres e à governança global. Klaus Schwab, fundador em 1971 do evento que tem o objetivo de discutir práticas de gestão global, colocou que as empresas precisam gerar valor para os acionistas e também para os outros stakeholders ou públicos de relacionamento. Vimos isso bastante em tempos de pandemia, empresas de bebidas fazendo álcool em gel, empresas de roupas fazendo máscaras e muitas empresas e pessoas físicas no País fazendo doações para as reais necessidades da população. A pergunta é se isso continuará na retomada da crise pós-pandemia.

Sobre gerar valor para os vários stakeholders, Porter e Kramer, em um cláusula de uma dez detrás, colocaram a premência de fabricar valor compartilhado para além dos acionistas e clientes/consumidores, também para os fornecedores, comunidades, colaboradores, meio envolvente, entre outros. Ou seja, a empresa não é uma ilhéu isolada que fica somente produzindo e vendendo para escadeirar a meta prometida aos acionistas.

Neste processo, haverá muitos outros movimentos que impactarão negativamente ou positivamente o entorno e as pessoas que estão em contato. E aí sim estamos falando dos stakeholders, que podem oferecer riscos de um acidente no trabalho, de uma poluição no ar ou rio, de um fornecedor que tem práticas não aderentes aos Direitos Humanos, ou um funcionário que dá percentagem para um político.

Estes riscos ambientais e sociais precisam ser medidos, avaliados, controlados e melhorados, para isso existem as políticas, os procedimentos, as regras, os códigos de condutas, certificações e o compliance nas empresas. Para concordar e operacionalizar tudo isso, temos as áreas de sustentabilidade, de qualidade, de saúde e segurança, de meio envolvente, de auditoria, de moral e compliance, entre os vários nomes para estas áreas.

E tudo isso precisa ser “orquestrado” pelo C-level (a liderança empresarial) na governança desta empresa. A forma que a empresa seguirá as “regras e leis” que ela colocou será fundamental para a gestão inclusiva e sustentável.

Mas tudo isso vale a pena também financeiramente? Sim! É isso que fundos porquê o ISE da B3 que tem mostrado nestes 15 anos com uma rentabilidade maior do que os fundos tradicionais. E mais do que isso, já tirou desta carteira de empresas com ESG várias delas que, no meio do caminho, tiveram problemas ambientais, sociais e éticos, mesmo que fossem muito representativas no contexto totalidade do fundo.

A empresa XP criou uma dimensão específica para levante tipo de investimento e os bancos tradicionais possuem fundos éticos, sociais e ambientais desde o primícias desta dez. O maior fundo de pensão do mundo, o Fundo de Investimento em Pensão do Governo do Japão também anunciou, no meio da pandemia, que está priorizando investimentos ESG e está utilizando indicadores e análises de riscos relacionadas às mudanças climáticas e as oportunidades que leste duelo possa gerar.

No prelúdios do ano, a maior gestora de recursos do mundo, a BlackRock, também apresentou a valimento que estava dando para as questões de ESG. E agora, no final de outubro, a empresa junto com a XP lançaram o BlackRock Global Impact, que é um fundo formado por empresas globais com produtos e serviços pautados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Ou seja, trabalhando com empresas que, efetivamente, estão buscando as melhorias necessárias no planeta e para as pessoas.

Mas, enfim, ESG é a mesma coisa logo que sustentabilidade?

Sim, a teoria é a mesma. E muitos usam a mesma base de indicadores da dimensão de sustentabilidade que estamos discutindo há mais de três décadas. Para corroborar ainda mais com esta semelhança entre os termos, o diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, Carlo Pereira, coloca que o ESG é um olhar do setor financeiro sobre as questões de sustentabilidade, as quais discutimos ao longo deste cláusula.

Entretanto, muito desvelo para quem quer implementar o ESG, pois não basta fabricar um resultado ou uma risca de produtos mais verdes, sustentáveis ou somente concordar um projeto social. Estamos falando cá de gestão, governança, controles e avaliações. E inserir as questões ambientais e sociais no cerne da estratégia dos negócios e em todos os processos.

Quando o mercado financeiro tornar leste termo um mainstream, ou seja, um padrão para todas as empresas e negócios, e não somente algumas carteiras e fundos, o desenvolvimento sustentável ganhará ainda mais força.

*Professor da ESPM e coordenador do Meio ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS)


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