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Incomunicação e boas ideias - Divulgando Buscadores noticias e artigos

Incomunicação e boas ideias


Dominique Wolton, sociólogo francesismo (olha uma galicismo aí, gente!), é velho de guerra. Em 1990, publicou “Hosana do grande público”, no qual defendia que a televisão ocasião era mais útil à sociedade do que os canais a cabo. Quando a internet surgiu porquê um território sem lei, lançou “Internet, e depois?” Cobrava regulação do novo mundo. Foi rotulado de rabugento, anacrônico, ridículo. Mais tarde, lançou “Informar não é exprimir”. Sustentava que o mais importante e difícil é a informação, ou seja, a relação com o outro, esse ser dissemelhante. Agora, reaparece com “Viva a incomunicação, a vitória da Europa”, ainda sem tradução para o Brasil. Recebi meu réplica autografado pelo responsável.
O primeiro parágrafo dá o tom: “A revolução da informação e da informação sacudiu os séculos XX e XXI nos planos individual e social, político e cultural. Informações incontáveis circulam cada vez mais facilmente, a informação está por toda secção e as tecnologias valorizam a velocidade e a performance das interações. Mas foi nesse mesmo contexto que se se revelaram crescentes dificuldades de informação. Os homens veem tudo, entram em contato sobre tudo, mas sem necessariamente se compreender nem se respeitar”. As ideias de Wolton estão na tendência. Cada vez se pede regulamentação da internet. Foi o que aconteceu recentemente com as denúncias contra o Facebook. Enquanto isso, alguns continuam a crer no “tudo de perdão” e a investir, por exemplo, contra direitos autorais, confundindo ataques ao terrível monstro numulário com apropriação do trabalho dos outros, muitas vezes pequenos e duros.
Um mundo novo de oportunidades maravilhosas está aí. Nem tudo, porém, é ouro. Muitos, que decretam todo dia o término de tudo que veio antes, são incapazes de apresentar um resultado capaz a seduzir e gerar riqueza. Deslumbrados pelas novas mídias podem chorar de alegria quando saem na velha prelo, que soube se adequar e atua de forma híbrida. Marcas fortes internacionais deram o salto e faturam muito. O restante sobrevive do prestígio aglomerado e dos hábitos geracionais. A publicidade tem mostrado o seu lado conservador. Em certos setores, ainda se mantém no mesmo papel. O horizonte, porém, é do virtual por expelir custos, apressar processos e estar no DNA das novas gerações. Inteligentes são aqueles que seguem a transição, explorando dois eixos, o convencional e o renovador ou inovador, de combinação com seus públicos.
Há uma lei do marketing que permanece irrefutável: localize seu público, trabalhe para ele e atinja o seu objetivo: ter rentabilidade. O marketing não diz zero além de: bom é aquilo que, sendo honesto, encontra um público que o consuma. Bom é o que funciona. O que funciona é bom. O jovem pode ter dificuldades para valorizar um nicho poderoso: o dos mais velhos. Existem muitos nichos: há o consumidor de espumantes e de champanha e há o consumidor de refrigerantes. Ambos precisam ser atendidos. Wolton triunfa: legar é entender a premência do outro.





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